Denise Aleluia
Estudos apontam que, em média, 25% dos adultos sofre ou já sofreu de estresse, depressão ou ansiedade. Além disso, há outro grande número que gostaria de se conhecer melhor, obtendo plena consciência de seus sentimentos, capacidades e limitações e, assim, levar uma vida mais saudável. Para ambos os casos, a melhor solução é buscar ajuda especializada. Daí, surgem dúvidas bastante comuns sobre qual profissional procurar: psicoterapeuta ou psicanalista? Qual a diferença?
A psicanálise foi criada por Sigmund Freud. É uma forma de investigação científica que visa entender o homem como um todo, levando em consideração, sobretudo, o que há em seu inconsciente. Já a psicoterapia deriva da psicanálise, mas tem como objetivo o alívio imediato dos sintomas que podem surgir em decorrência do que se encontra neste subconsciente.
Sobre as indicações, quem responde é a psicoterapeuta psicanalítica, Margarete Schiavinatto, que atende em consultório no Centro Empresarial Pereira Barreto. “A psicoterapia é indicada para quem tem problemas mais imediatos, como estresse, ansiedade depressão, está descontente com a profissão ou perdeu um ente querido, por exemplo. A psicanálise é indicada àqueles que buscam o autoconhecimento. É um processo mais profundo e pode levar anos”, explica.
Outra diferença refere-se à formação. O psicoterapeuta, obrigatoriamente, deve ter diploma de graduação em Psicologia. Já o psicanalista pode vir de qualquer área – inclusive Psicologia, como a própria Margarete. Mas esse profissional deve obrigatoriamente realizar um curso vinculado à Sociedade Internacional de Psicanálise e dura seis anos. Além disso, Margarete faz um importante alerta: “a psicanálise é um processo caro e demorado. Portanto, se houver um profissional cujos valores são muito mais acessíveis que a média do mercado, deve-se desconfiar, sobretudo da formação deste profissional”, completa.