Denise Aleluia
Em 16 de julho, o Brasil comemora o Dia do Comerciante, figura fundamental para o desenvolvimento econômico de qualquer nação. A data foi instituída por João Café Filho, em 1953, como homenagem ao nascimento do político baiano e entusiasta do desenvolvimento brasileiro, José da Silva Lisboa, o Visconde de Cayru. Foi o visconde que, em 1808, persuadiu o príncipe regente português, D. João VI – recém-chegado ao Brasil com a família real –, a abrir os portos brasileiros às nações amigas, principalmente a Inglaterra. A partir daí, aconteceu uma verdadeira revolução econômica no Brasil, com o surgimento de fábricas e muitos estabelecimentos comerciais.
Ao incentivar o comércio exterior, o Visconde promoveu o desenvolvimento interno, com o surgimento de estruturas fundamentais ao funcionamento de uma verdadeira nação, como o Banco do Brasil e o jornal A Gazeta do Rio de Janeiro, por exemplo. Assim, muitos historiadores dizem que a intensificação das atividades comerciais foi uma das centelhas que estimularam a independência, em 1822.
Mais de 200 anos depois da abertura dos portos, a atividade comercial, principalmente a ligada ao empreendedorismo, continua sendo fomentada no Brasil. Prova foi dada, recentemente, em Santo André, com o anúncio da construção da sede regional do ABC do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em terreno doado pela prefeitura.
Além da nova sede, a cidade, que já tem uma forte cultura empreendedora, oferece outros serviços. Entre estes está o Sebrae Móvel, que atende em diferentes bairros com cronograma integrado ao Circuito Andreense de Empreendedorismo, uma parceria da prefeitura com o Sebrae. Outro fruto desta parceria é o Programa Jovens Empreendedores Pequenos Passos (JEPP), que proporciona educação empreendedora e incentiva os alunos a buscarem o autoconhecimento, novas aprendizagens, além do espírito de coletividade. Uma prova viva de que o comércio continua sendo uma das molas propulsoras da economia nacional.